Viajando de Nova Iorque a Buenos Aires de navio, um grupo de passageiros paga Mirko Czentóvic, campeão mundial de xadrez, para disputar uma partida com eles. O enxadrista não encontra dificuldades para enfrentar seus oponentes amadores, até que surge o misterioso Doutor B, um advogado austríaco de aparência envelhecida que consegue, miraculosamente, calcular lances e estratégias capazes de fazer frente ao arrogante campeão. No meio do mar, os dois travam uma partida feroz, que traz à tona uma história de obsessão e isolamento, marcada pelo nazismo e pela prisão.
Stefan Zweig enviou O Livro do Xadrez para seu editor em 1942, poucos dias antes de cometer suicídio em Petrópolis, junto a sua esposa. A novela, a única do autor austríaco a tratar diretamente do tema do nazismo, articula elementos autobiográficos ao enredo.
Na leitura de Guilherme Weber, os movimentos do narrador se acendem, e podemos acompanhá-lo se aproximar e afastar dos oponentes, como se estivesse, também ele, envolvido nesse jogo de guerra.