Não são poucas as janelas que abrimos ou que nos são abertas ao longo da vida. Em algumas delas nos detemos mais, e conseguimos registrar o que ali está emoldurado; já a outras acabamos por não dar a devida atenção.Cada janela é um instante registrado pela polaroide do nosso olhar, ora doce, ora rude, mas não menos sensível.A partir daí, somamos histórias e as vamos contando para aqueles que nos cercam; mais à frente, elas ganham forma e vida próprias ? e voam como pássaros depois de pousarem por um breve tempo no peitoril da janela. Assim são as crônicas deste livro: pássaros que vão e vêm, mas permanecem próximos de nós.