Em um Oriente ficcional, circulam vários personagens fascinantes: o pragmático dono de uma fábrica de tapetes, sua esposa herege, uma mulher que sonha em se casar, um hindu que deseja ser o seu marido, um poeta mudo, uma criança perdida e outra encontrada. Cada um deles carrega características notáveis ― uma marca dos romances de Afonso Cruz ― e suas trajetórias nos falam de perda, solidão, amor e religiosidade. Uma narrativa tocante e inventiva, que ultrapassa as diferenças entre Oriente e Ocidente para falar sobre como, onde quer que estejamos, nunca estamos absolutamente sós. Afinal, tudo está entrelaçado como na tapeçaria, onde «o primeiro ponto não está separado do último e, se alguém mexer num deles, mexe inevitavelmente nos outros».