Tom Canty e Edward Tudor têm a mesma idade. São exatamente iguais. Há apenas uma pequena diferença: Edward é o príncipe herdeiro do trono da Inglaterra, e Tom é um mendigo, uma criança dos úmidos cortiços da Londres do século XVI. Um dia o destino intervém e ambos têm de viver, durante algum tempo, a vida do outro. Trocam de roupas e papéis: Tom é levado para o meio da pompa e do luxo da corte enquanto Edward conhece, horrorizado, os marginais, a sordidez e as profundezas da desigualdade social.
A partir do clássico tema da troca de identidades, Mark Twain (1835–1910) — talvez o maior contador de histórias americano do século XIX — reflete de forma magistral sobre o hábito humano de julgar as pessoas pela aparência. E realiza, a um só tempo, uma fábula sobre a hipocrisia e a injustiça bem como uma divertida comédia que vem provocando lágrimas e risos em sucessivas gerações de leitores desde sua publicação, em 1882.