O suicídio é definido como um comportamento no qual um indivíduo realiza autoagressão a fim de produzir dano a si próprio, e compreende as ideações, tentativas e a consumação do óbito (Abreu et al., 2010). Há que se destacar que a problemática do suicídio é complexa, atingindo a humanidade de maneiras diferenciadas, por seu caráter multifacetado e por acarretar inúmeras consequências físicas, emocionais e sociais (Morais et al., 2016).
Estima-se que a cada 40 segundos uma pessoa cometa suicídio em algum local do planeta (Who, W. H. O. R., 2014), o que significa que até 2020 mais de 1,5 milhões de pessoas irão cometer suicídio em todo mundo. Em 2015 ocorreram aproximadamente 800.000 mortes por suicídio no mundo, estando entre as 20 principais causas de morte e sendo considerada a segunda causa de morte por injúrias no mundo (Who, 2017b). Somente em 2014, na Europa, ocorreram mais de 58.000 mortes por suicídio e as tentativas sem êxito conseguem representar 20 vezes mais que esse número (Lovisi et al., 2009; Eurostat, 2014; Who, W. H. O. R., 2014; Freeman et al., 2017). Se pensarmos nas tentativas que não obtiveram êxito, essa problemática ganha números ainda maiores e reafirma a relevância dessa temática para a saúde pública (Who, 2017b).