Cinco grupos de pesquisa estão representados neste livro: JOR XXI, da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP); Tecnologias do Imaginário, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); Comunicação, Cidade e Memória — Comcime -, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); Narrativas Midiáticas e Dialogias — Namídia -, também da UFJF; e Núcleo de Estudos e Experimentações do Audiovisual e Multimídia — Multis -, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Do núcleo inicial, formado em 2018, a Rede JIM ganhou novas adesões, realizou quatro seminários nacionais, e publicou o livro 1968: de maio a dezembro: Jornalismo, Imaginário e Memória. O trabalho coletivo e interdisciplinar é a razão de ser da rede, que se vê como lugar de diálogo, troca de ideias e construção de reflexões que colaborem para decifrar a complexa contemporaneidade. Os artigos que compõem este livro foram apresentados inicialmente no seminário, realizado em outubro de 2019, na UFF, em Niterói, Rio de Janeiro.
Em 1969 a 1970: janelas do tempo, os autores se dispõem a contar histórias, a partir de uma abordagem científica, isto é, há um pacto com a averiguação das informações, checagem de dados, um compromisso com a verdade. Não se trata de ficção. Mas há também o envolvimento com as investigações, que se fundam em uma opção teórica, que não é servil apenas aos senhores da razão, mas que reverencia o encantamento ancestral da narrativa, as muitas dobras da história, os labirintos da memória e a potência do imaginário como força revolucionária e fundadora. A leitura convocada pelos autores é, enfim, este convite à partilha de fragmentos do mundo, que falam por si, mas especialmente falam através de nós.