O resultado de revisitar velhas fontes em se tratando da história da cidade de Santos é algo surpreendente. A cidade do início do século XX não deixa de ser tema de pesquisa dos historiadores, e sua análise, de apresentar interpretações para compreender a complexidade do cenário socioeconômico que se formou a partir da imigração, do movimento de cargas e de pessoas no porto, da instalação de famílias no Centro, dos costumes trazidos além-mar e das leis que tentaram direcionar o desenvolvimento que esses fatores ajudaram a proporcionar à cidade. A política, o esporte, a cultura, o comércio, as relações de força — explicitadas na arquitetura, na constituição de alguns bairros, na expansão ferroviária e portuária sobre a cidade — e o social a respeito do acolhimento dos imigrantes e dos órfãos são elementos da tessitura das reflexões originais que os pesquisadores fizeram sobre materiais já conhecidos. O trabalho aqui é de buscar compreensões sobre os mais variados aspectos da sociedade santista e as soluções que seus sujeitos históricos encontraram para lidar com conflitos e pressões pertinentes ao tempo em que viveram, ampliando a capacidade elucidativa de um período de intensa mobilização na cidade de Santos.