Composto de contos curtos, porém carregados de uma narrativa peculiar comum que lhes dá um senso de conjunto, a literatura fantástica em «Os Estandartes de Átila», de Sílvio Fiorani surpreende o leitor do início ao fim pela apresentação de personagens e cenas que parecem provir de algum lugar entre o sonho e a realidade. Ao compor uma alegoria do terror dos nossos tempos, o autor reconstrói o mundo com uma precisão extrema que, no fundo, apenas acentua o princípio do delírio e do fantasmagórico retratado. Além da riqueza dos temas abordados, como a morte e a informatização, essa obra se destaca pela plasticidade da linguagem. O conto-título encerra a sequência de sustos com um último recado.