As águas epistemológicas destes escritos deságuam nas experiências de jovens estudantes que tentam rabiscar no mundo os seus desejos, anseios e projetos de libertação. Este ebó etnográfico arriado nas encruzilhadas de gênero e masculinidades negras nos revela que existe vida nos corredores escolares, bem como poesias indóceis escritas para o enfrentamento político das opressões sociais. Compreendendo que tais categorias, de gênero e masculinidades negras, se entrelaçam, mas que se distinguem pelo olhar que é construído para dar conta das dinâmicas territoriais, esses(as) jovens nos convocam a realizar mergulhos de corpo despido, tensionando as armaduras coloniais perpetradas sobre os nossos olhos e reconhecendo os pretagonismos existentes nas periferias de Salvador/BA. Convido vocês a produzirem um xirê reflexivo, onde as temáticas de gênero e masculinidades negras dançam de pés descalços e tensionam a rigidez imposta pelos paradigmas da cisheteronormatividade branca. Que essas águas epistemológicas e ancestrais possam alimentar as nossas cabeças.
Destaques do Livro:
🌟 Exploração Profunda: Mergulhe nas experiências de jovens estudantes nas periferias de Salvador/BA e descubra suas poesias indóceis e lutas políticas.
🌟 🔍 Análise Crítica: Compreenda as dinâmicas entre gênero e masculinidades negras, e como essas categorias se entrelaçam e se distinguem nas experiências escolares.
🔍 💡 Chamado à Reflexão: Um convite para um xirê reflexivo, tensionando as armaduras coloniais e reconhecendo os pretagonismos nas periferias. 💡
🌍 Discussão sobre Raça e Racismo: Almerson Passos aborda diretamente as questões de raça, gênero e sexualidades, oferecendo uma perspectiva crítica e necessária. 🌍
🎓 Autor Respeitado: Almerson Passos, um homem negro, gay e candomblecista, traz sua experiência pessoal e acadêmica para esta obra profunda e inspiradora. 🎓
Trecho do Livro: «Eu, criança preta, viada e macumbeira, adolescente com sentimentos e desejos construídos pela dialética da clandestinidade, retorno a esta escola, a esse lugar socialmente “esquecido”, que também é o meu lugar, para compreender engrenagens relacionadas às temáticas de gênero, territorialidade, sexualidade e masculinidades negras. Não sabia o que encontraria por lá, contudo, entrei de 'peito aberto', pensando o tempo enquanto instrumento espiralar e com o desejo etnográfico de passar à porta despido.”