Publicado anonimamente em 1853, Bartleby, o escriturário: uma história de Wall Street revela o estilo bem-humorado e por vezes sombrio de Herman Melville (1819–1891). Trata-se de uma história surpreendente pela simplicidade e aterradora pelo realismo.
O narrador, um bem-sucedido advogado, contrata Bartleby para trabalhar como auxiliar de escritório. Ele se mostra um prestativo funcionário até que um dia, sem razão alguma, responde a um pedido de seu chefe com um desconcertante «Prefiro não fazer». Esse desacato, essa insubordinação ultrapassa a compreensão humana: é como se rompesse com a organização moral do mundo, desafiando verdades até então universais.
Este texto fundamental do autor de Moby Dick é considerado precursor do Existencialismo e foi saudado por intelectuais como Albert Camus e Jorge Luis Borges, que viam na história uma discussão sobre o livre-arvítrio, o poder e a moral.