«Este é um livro que eu gostaria de ter lido quando tinha 16 anos: mundo flutuante, dirigíveis! Até acho estranho nunca ninguém ter tido esta ideia. Há imensos livros sobre o fim do mundo, mas as pessoas vão viver para o mar, ou para debaixo da terra.»
José Eduardo Agualusa
«A Vida no Céu — Romance para jovens e outros sonhadores» é uma instigante ficção científica. Com linguagem poética e atual, lembra que tudo está conectado: desde os diferentes modos de vida aos diversos estados da matéria.
Com o Dilúvio causado pelo aquecimento global e o desaparecimento dos países terrestres, os humanos sobreviventes construíram sociedades flutuantes. Entre as maiores cidades estão os dirigíveis São Paulo, Tóquio e Nova York. As cidades menores e mais pobres se organizaram em balões, chamados balsas, formando aldeias.
Quem nos conduz na história é Carlos, um adolescente angolano de 16 anos que vive em Luanda, um conjunto de balsas que escolheu como negócio os livros, tornando-se uma aldeia biblioteca. Sua mãe é a bibliotecária-chefe da aldeia. O pai, após cair da balsa em uma tempestade, está desaparecido. Carlos resolve então partir para procurá-lo e segue uma pista que o leva a pousar no mais belo dos zepelins, o Paris, onde encontra Aimée, uma garota de 14 anos que se torna sua companheira de aventuras.
É duplo o problema que os habitantes das nuvens precisam enfrentar: como viver em harmonia e, ao mesmo tempo, reencontrar a terra, de cujo cheiro e estabilidade só os mais velhos se lembram.