O livro fala da música brasileira, sim. Mas é aquela impopular, a “outra”, a clássica. Se o nome de Villa-Lobos constitui antes exceção do que regra do cenário musical brasileiro, que dirá os compositores que vivem eternamente sendo regatados por musicólogos e interpretes.
Traçando uma linha do tempo da época colonial até os nossos tempos, o autor conta a história dessa música de maneira acessível ao leitor “leigo”, não-familiarizado com o jargão musical específico. Ao reconhecer que as partituras não são folhas soltas no tempo e no espaço, Irineu procura também relacionar a música «clássica” com os fatos históricos e culturais de sua época, inclusive a música popular, e situar seus criadores no ambiente intelectual e social brasileiro.