Uma mulher se divide entre uma casa de repouso e a casa de uma família, cuidando de idosos mesmo sem gostar muito de pessoas mais velhas. Na verdade, ela não gosta muito de pessoas e ponto.
O que resta a partir daqui desliza pelo tempo, passeando pelo psicológico conturbado da protagonista em diferentes momentos de sua vida. A infância furtada pela tragédia, o desmonte da família, a rotina do trabalho, aquilo que resta.
Em seu romance de estreia, Flávia Braz hipnotiza o leitor com uma protagonista marcada por um sarcasmo aflitivo e envolvido numa linguagem vertiginosa. Para o escritor João Paulo Cuenca, «a autora tira o fôlego do leitor com camadas e camadas de revelações surpreendentes até a última linha».