a história da humanidade está profundamente ligada à origem e dispersão africana, tornando absurda a ideia dominante de que a história dos negros no mundo começa com a escravidão.
O texto reflete uma jornada transformadora do autor, que encontrou na verdadeira história do continente africano uma fonte de autoestima, identidade e pertencimento. A reflexão sobre como essa descoberta poderia ter sido mais impactante se feita através de um ensino formal é profunda e aponta para uma necessidade urgente: a inclusão desses conhecimentos no currículo escolar. A luta do autor para que a juventude negra tenha acesso a essas riquezas culturais desde cedo é comovente e essencial, mostrando o compromisso com a valorização das memórias ancestrais e a construção de um futuro onde a identidade negra seja celebrada e reconhecida.
.Esse trecho destaca a influência de Abdias Nascimento no conceito de epistemicídio, presente nas perspectivas decoloniais. No entanto, aponta uma lacuna importante: a falta de reconhecimento e referência à obra de Nascimento nesses estudos, apesar de sua contribuição fundamental para o entendimento do genocídio cultural negro no Brasil.
Esse trecho expressa um sentimento de inadequação, onde a autora se sente uma impostora, mesmo após tanto esforço. Ela se vê em crise por perceber que sua crítica, embora bem intencionada, ainda está moldada por uma perspectiva racializada branca, o que a faz questionar o real impacto de seu trabalho. É uma reflexão profunda sobre as dificuldades de encontrar uma voz autêntica em meio a um ambiente que muitas vezes não reflete sua realidade.
O trechoreflete bem a dificuldade real de concluir a graduação, mostrando que, mesmo com muito esforço, o apoio das pessoas ao redor é fundamental. A autora destaca que, além das alegrias e dos elogios, o sistema universitário ainda é injusto, especialmente para mulheres negras. O dado de que apenas 10% das mulheres negras concluem a universidade é chocante e evidencia como a luta vai além dos estudos, envolvendo questões básicas como transporte e alimentação. É um lembrete de que a jornada acadêmica é cheia de desafios que muitas vezes passam despercebidos.
Pessoas brancas costumam querer essa aprovação, precisam ser vistos como "os brancos salvadores". Como a autora diz, eles não se importam com a causa, mas sim com os benefícios que ela traz a eles, não se interessam com o combate ao racismo, querem somente a linda imagem que ganham quando fingem lutar por uma causa tão séria.
Essa frase carrega muita força e verdade. Ela destaca que nossa ancestralidade é marcada por lutas coletivas, e não por um sofrimento isolado. Quem tenta romantizar o sofrimento negro claramente não viveu essa realidade, porque nossa história é de resistência e união, e não de sacrifício glorificado.
Não querem que a gente se revolte, esperam nosso silêncio e que aceitamos toda migalha que nos é oferecida. O estados vê pretos e favelados em busca de uma revolução, como um perigo a estrutura racista que sustenta o nosso país.
Viver em favelas, é viver a beira da sociedade. Somos tratados como se nossa vida valesse menos, como se nossa saúde, educação e alimentação, não importasse. Assim como fomos "abandonados" em comunidades em 1888, estamos ainda abandonados em 2024.
Homens negros são vistos como um objeto de desejo, algo para se ter um caso e nada mais! São hipersexualizados e cobrados uma masculinidade extrema, não podem expor sentimentos ou ser sensíveis. Homens negros são cobrados desde cedo para serem "brutos", firmes como rocha, principalmente pela sociedade racista em que vivemos onde lutamos pela nossa sobrevivência, demonstrar fragilidade, na mente da maioria dos homens negros, é como desenhar um alvo em suas costas.