Que lugar temos nós, seres humanos, nesse grande afresco do mundo que a física contemporânea oferece? Se o mundo é um pulular de efêmeros 'quanta' de espaço e de matéria… o que somos nós?
Também somos feitos apenas de 'quanta' e de partículas? Mas, então, de onde vem aquela sensação de existir singularmente e em primeira pessoa, que cada um de nós experimenta? Carlo Rovelli
«Essa ideia de que o equilíbrio é um jogo de desequilíbrios, e de que a estabilidade está na liberdade desse jogo, me parece transformador! Na vida cotidiana, somos levados a ter medo de nossa singularidade».
«O corpo nos dá nossa presença no mundo, nossa fronteira dentro da qual os ímpetos da vida se expandem, ao mesmo tempo em que tem capacidades que parecem abrir portas ao ilimitado. Cuidar de nosso corpo é cuidar de nossa pessoa, una, única, feita de laços e história, sabendo contar muitas histórias e construir história ao mesmo tempo.
É sobre esse corpo de “homem humano”, como diz Riobaldo, que conversamos”.
“Todo ser vivo traz em si uma capacidade restauradora e renovadora impressionante!”
«Pensando na sociedade em que vivemos, dominada por um sistema econômico que impõe a corrida ao dinheiro e à competição, parece evidente que se trata de um sistema que faz adoecer a sociedade e nos adoece, sem que nos demos conta. Acabamos por ser coniventes com esse processo, dada a nossa inconsciência a respeito».
«Relativizar as nossas certezas, como você bem diz, pode melhorar muito as relações humanas e abrir mais portas para o conhecimento!»