A edição ampliada e atualizada do livro de Carla Lacerda, Sobreviventes do Césio 137, partilha narrativas sobre o maior acidente radiológico já ocorrido em área urbana. As entrevistas exclusivas concedidas pelas vítimas à jornalista se apresentam como um Fio de Ariadne, que perpassa a lembrança resistente do episódio ocorrido em Goiânia, Goiás, Brasil.
Além de envolver leitoras e leitores num exercício de empatia, por meio do jornalismo literário, esta publicação também denuncia inconsistência em relatórios divulgados pelo Governo do Estado de Goiás.
Por ocasião dos 30 anos do desastre, o Centro Estadual de Assistência aos Radioacidentados (Cara) informou à imprensa mundial que, até 2017, seis pessoas contaminadas haviam morrido de câncer. Em 2007, no entanto, os casos comprovados de óbito pela doença já eram 15.
Sobreviventes do Césio 137 sustenta esta importante denúncia, como um manifesto contra o apagamento desta história.