Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade foi, além de escritor e dramaturgo, filósofo de ideias originais e polêmicas fundamentadas no materialismo do século das luzes e dos enciclopedistas. Com a publicação de obras como “Juliette”, “Os 120 dias de Sodoma”, “A Filosofia na alcova” e “Contos libertinos”, entre outras, ficou conhecido como o espírito mais livre que já existiu. Assim, a criteriosa escolha e tradução das cartas produzidas pelo Marquês de Sade em sua prisão no castelo de Vincennes (1782 a 1783) representa um mergulho no universo sadeano já que, de acordo com o tradutor, estas correspondências «são um prenúncio das ideias e do vigor imaginativo e poético que adquirirão contornos e formas mais livres pelos seus romances”.