Para Vitangelo Moscarda, tudo começa com uma observação de sua esposa quanto ao seu nariz. Ele é acometido de uma intensa perplexidade ao averiguar que ela, de fato, tem razão: seu nariz é mesmo ligeiramente torto para a direita. Esse comentário banal faz com que Moscarda descubra que todas as pessoas que ele conhece têm uma imagem diferente dele e que nenhuma dessas imagens corresponde àquela que ele faz de si próprio. Um Moscarda? Nenhum Moscarda? Cem mil Moscardas?
Essa perplexidade do protagonista torna o livro uma obra fundamental para quem gosta de questões de identidade, que, aqui, são apresentadas de maneira bastante filosófica, mas também divertida, por um narrador de primeira pessoa, que pensa alto.