Monet Ficht seria ou não um assassino de animais? Com qual força instintiva ele foi capaz de matar e empalhar numa parede dentro de um fosso o seu melhor amigo Pitty? Alimentando seus desejos sádicos alinhando aos seus sentimentos escatológicos, tendo como um contexto tempos sombrios em que viver num países tomado pelo caos urbano, a solidão e as ações íntimas parecem ser a única saída para não enlouquecer. Mas desde de quando Ficht se acha um homem normal? Mesmo que seja intelectual, Ficht, à luz de perspectiva da psicologia social, bem que poderia representar o retrato do homem contemporâneo, estranho, complexo, cativante e carismático. Que o/a leitor/a não se engane, que leia com cuidado, e no final tome suas conclusões, se o que Monet Fich fez com Pitty é capaz de condená-lo para o resto de sua vida. A narrativa é pura introspecção psicológica, bem ao estilo de Clarice Lispector e Graciliano Ramos, mas também uma ficção que eleva o/a eleitor/a a momentos de estranhamento fantástico. Uma boa leitura, narrativa escrita por Fabio dos Santos, um dos escritores mais premiados em Alagoas, seu estado natal, que já vem em seu terceiro livro aqui publicado. Formado em Letras, pela Universidade Federal de Alagoas, com Especialização em Educação e mestrando em Sociologia, pela mesma universidade, tem em seu currículo mais de 25 prêmios literárias em todas as categorias, desde poesia a ensaio, e já publico 9 livros, grande parte premiados.