Os ensaios e diálogos de Cultura fora da lei, explica bell hooks, «representam meu crescimento contínuo como artista, crítica cultural, teórica feminista, escritora, alguém que busca enquanto caminha». Esse constante processo de análise e autoanálise é uma das marcas da autora, que não tem medo de contestar as próprias certezas, com vistas ao maior objetivo de seu trabalho político e intelectual: o fim de todas as opressões. «A disposição audaciosa de repudiar holisticamente a dominação é o ponto de partida para uma revolução cultural progressista.» Aqui, bell hooks retoma o trabalho iniciado em obras anteriores, direcionando seu olhar afiado a filmes, rappers, quadros e livros feministas que costumam ser vistos como disruptivos, mas que, nas entrelinhas, reforçam o racismo, o sexismo ou os privilégios de classe. A autora se dedica ainda à observação de facetas pouco conhecidas de Jean-Michel Basquiat e Malcolm X, além de escrever um ensaio sobre o amor como prática da liberdade. Tudo isso faz de Cultura fora da lei "um convite para entrar em um espaço de mudança de pensamento, a mente aberta que é o coração da revolução cultural".