Em 2013, como não acontecia desde muito tempo, as ruas brasileiras foram tomadas por manifestações cuja demanda, em princípio, era que as passagens de ônibus não sofressem aumento, mas cujo arco de protesto e reivindicação foi logo exponencialmente ampliado, tocando desde a Copa do Mundo do ano seguinte à corrupção da classe política. Anos depois, verifica-se que 2013 não representou um fato isolado, mas abriu portas para uma nova relação de parcelas da sociedade com seus desejos e frustrações: as ruas continuam, hoje, ocupadas, recebendo uma agravante disputa que vem modificando, dia após dia, a face do Brasil.