«Precisamos ter a coragem de começar a dizer que já não necessitamos tanto de agentes competentes-competitivos. Eles saturam as filas dos desempregados de 'alto nível' com seus diplomas de MBA debaixo dos braços. Precisamos de pessoas coerentes-cooperativas, capazes de pôr em prática a ideia de que não fomos feitos apenas para produzir bens e serviços em um mundo de ganhos e perdas, entre os custos e benefícios de uma vida injusta, impessoal e excludente. (…) Fomos feitos para criar o mundo humano do primado da pessoa e da vida. Fomos feitos para construir este lugar feliz, pouco a pouco, na vida de cada dia e de maneira irreversível, por nossa conta e em nome do afeto do amor que nos une e da felicidade de todos e sempre, que é o nosso destino humano. (…)
Assim, esse livro de escritos que foram momentos de falas e de diálogos em diferentes cenários e situações foi sendo aos poucos sonhado e escrito como um esforço para se somar (sem números) a outros tantos. Outros sonhos e escritos que bem poderiam ser lidos e debatidos tanto num competente Instituto de Estudos Avançados quanto no seu irmão próximo, o dos humanos e amorosos Estudos Atrasados. E espero que os seus temas possam estar bem situados em um e outro.» — Papirus Editora
Excertos do Capítulo 1 C.R. Brandão