Este livro surpreendente une contos de fadas, filosofia, história, artes plásticas, jornais antigos e uma visão dos últimos estudos científicos sobre o olfato. Para dar conta de objeto tão mágico, Palmira Margarida lança mão de uma extensa pesquisa, de sua intuição e de uma pitada de imaginação, para jogar luz sobre as diversas formas de dominação e apagamento das mulheres e do corpo feminino. Mulheres farejadoras descortina como a dita ciência moldou uma visão de mundo apartada da natureza e faz um convite irrecusável para descobrirmos nossos verdadeiros narizes e cheiros.
O trabalho de Palmira busca compreender como o olfato industrializado influenciou nosso imaginário, comportamento e sensibilidades, através das transformações nos hábitos, em especial sobre o corpo das mulheres. Por que um povo que usa demasiadamente produtos “silenciadores” de cheiros naturais, perfuma seus corpos, seus banheiros, casas, tem tanta dificuldade em lidar com o desejo?