Neste texto essencial, Nietzsche assevera que o passado deve servir de inspiração, não de fator de imobilização. Por tal razão, e considerando o ser humano o construtor de seu próprio destino, defende que todos temos necessidade da história, «não para nos afastarmos da vida e da ação e menos ainda para enfeitar uma vida egoísta e ações desprezíveis», mas para vivermos e agirmos. Sendo assim, a história requer que dados e informações, em geral vistos como elementos sem relação com a realidade, sejam processados e, em seguida, tomados como objetivos de nossa detida reflexão, pois, do contrário, seriam totalmente inúteis. E destaca que não devemos servir à história senão à medida que ela nos sirva.