Marcio Goldman, um estudioso da história da antropologia, e ele mesmo um antropólogo com vasta experiência etnográfica, reúne aqui nove ensaios que revelam uma surpreendente unidade do trabalho antropológico, contrariando a aparência de dispersão produzida pelas rupturas teóricas. Marcio cita Michel Foucault — «acreditava-se tomar distância e, no entanto, fica-se na vertical de si mesmo» — para reivindicar a permanência de uma certa unidade no trabalho antropológico, á qual, por vezes, não se dá a devida importância. Este livro, originalmente publicado na coleção Antropologia da Política, teve ampla repercussão e é considerado um dos grandes estimuladores do debate no Brasil em torno do conhecimento antropológico.