Rafael Bassi professa a fé nas narrativas. Mas sem perder o chão. Sabe que toda literatura deve fazer parte da vida, e que «não se aprende a pedir um chorizo lendo Proust». Suas histórias se passam em Buenos Aires, Paris, Porto Alegre, Curitiba. Nelas, gente célebre como Borges e Cortázar, Stálin e Putin, Coetzee e Anna Comnena, se mistura a uma galeria comovente de anônimos: um engenheiro fugido da Rússia, um suicida ferroviário, uma família unida na hora de se livrar de um cadáver, um enfermeiro sádico. Todos vivem a iminência de uma mudança. Esperam por algo, grandioso ou não, que lhes sirva de destino.