A literatura precisa incomodar, precisa arrastar o leitor para o desconforto, e fazer com que alguma tensão verdadeira se estabeleça. Para isso se pede uma escrita ousada e visceral, suarenta, nada
próxima a manuais de uso ou guias práticos, e mais afeita ao sonho e ao impreciso, em permanente oblíquo. E a palavra amor, deste Amor de Jugular, avança pela escrita apaixonada ao mistério da paixão da vida moderna. E é vida sim, razoavelmente imperfeita e repleta de solavancos, de prosa deliciosa em desfechos inesperados e plotes inéditos. Muito, portanto, do que em nome do amor se diz em Amor de Jugular se faz, inclusive tatuar na fina pele da memória o nome de cada personagem de cada conto, do princípio ao fim.