Perguntando-se sobre os critérios — ao seu ver equivocados — usados pelos seres humanos para eleger os valores da vida que lhes são caros e assim traçar caminhos na busca pela felicidade, Sigmund Freud inicia uma reflexão sobre a origem da necessidade do sentimento religioso no homem. Recuperando ideias de seus textos anteriores, ele compõe “O mal-estar na cultura” (escrito em 1929 e publicado em 1930), um dos mais perturbadores ensaios jamais escritos no que diz respeito ao desenvolvimento cultural da humanidade.