É através da dança, das artes visuais, da medicina, da política e do pensamento que a cultura viva e subversiva do Japão se apresenta nesta obra. No centro dela, a vida singular do corpo e suas metamorfoses constantes. Longe de qualquer academicismo, porém repleto de referências artísticas, literárias, históricas e filosóficas, este livro de Christine Greiner coloca em xeque o dualismo entre mente e corpo para desfazer tanto os clichês sobre identidade quanto o contraste entre Japão e Ocidente. Permeado por notas autobiográficas, «Leituras do corpo no Japão» é uma viagem que conduz o leitor para paisagens fascinantes e enigmáticas, nas quais a estética é tecnologia de transformação e a arte é reinvenção do corpo.
Este é um livro que eu gostaria de ter lido antes de ter viajado ao Japão — teria ajudado a me situar em tudo aquilo que vi de fascinante e enigmático naquele país, desfazendo o cortejo de clichês sobre a identidade japonesa, e seu contraste com o Ocidente, nos quais eu me apoiava para decifrar os corpos que eu cruzava e a sensação que suscitavam em mim. Para nossa sorte, as décadas de frequentação de Christine Greiner pela cultura viva e subversiva do Japão, através de sua dança, performance, pensamento, se constelaram nesta obra densa e leve, deliciosa de ler. Longe de qualquer academicismo, porém repleto de referências artísticas, históricas, filosóficas e com notas autobiográficas saborosas, esse texto é por si só uma viagem, que arrasta o leitor para paisagens inauditas e tocantes.
— Peter Pál Pelbart, filósofo.
Eu sempre fiquei fascinado com a força de Christine Greiner para “auscultar” os outros. E aqui ela termina um trabalho paciente e fantástico de “auscultar” o corpo no Japão. Há tantos trabalhos de Japanologia mas a maior parte é centrada no espírito do Japão. Aqui, o Japão se desterritorializa através de seu olhar que se infiltra no corpo deste país.
— Kuniichi Uno, filósofo.