A inquietude das vivências amorosas não correspondidas, a solidão como interlocutora perene diante da melancolia existencial, a determinação forjada na sobrevivência da selva urbana alimentando a esperança por dias melhores. O caos da rotina na metrópole emoldura o pano de fundo para o impulso que Paulo Mendonça imprime em seu primeiro livro de poesia, ""Poemas insanos"" — no qual sobram serenidade, incertezas e esperança de dias melhores.
Essa esperança, que surge pontualmente em intervalos irregulares entre os escritos de Mendonça, revela a jovialidade de um autor maduro — em idade e na literatura que produz.
Enquanto se desnuda na revelação de sentimentos comuns aos sensíveis, o poeta nos convida para uma reflexão mútua sobre a percepção de um mundo sempre pronto a oferecer aventuras para as mentes inquietas.
Entender a harmonia das contradições é um passeio delicioso reservado a cada leitor.