Nos nove contos de “O inconsciente corporativo”, Vinícius Portella expõe as consequências de uma geração que se vê cada vez mais capturada pelas supostas benesses da conexão digital. Tinder, Reddit, Bitcoin e inteligência artificial aparecem lado a lado com as dinâmicas cada vez mais impessoais de escritório, conversas entre herdeiros desconectados da realidade e, por que não, longas investigações sobre a possibilidade de redes neurais produzirem contos inéditos de Jorge Luis Borges.
O mosaico montado por Portella, vertiginoso na diversidade, porém conciso em sua forma, é um documento em que cada conto funciona como peça de uma imensa engrenagem tecnológica — com sua precisão e seus absurdos.