Emily Brontë, ao morrer de tuberculose aos trinta anos, havia lançado — um ano antes — um único romance, O Morro dos Ventos Uivantes. Publicado em dezembro de 1847 sob o pseudônimo de Ellis Bell, o livro chocou os leitores da época, uma vez que, para contar a história de amor entre Catherine e Heathcliff, a jovem autora expôs os sentimentos e a alma dos personagens de uma maneira pouco comum ao mostrar suas falhas de caráter e revelar o abismo social que separava os dois irmãos de criação, mantendo, assim, a tensão ao longo de todo o romance.
A trama ganha contornos sombrios quando Lockwood, o novo locatário da Granja da Cruz do Tordo, faz uma visita ao seu senhorio, Heathcliff, proprietário do Morro dos Ventos Uivantes, e, durante uma terrível nevasca, precisa se abrigar na casa. A partir dessa noite nada convencional revela-se a história da paixão entre Heathcliff e Catherine.
Emily Brontë criou um mundo próprio, perpassado pelo sobrenatural, para escrever uma das mais trágicas — e igualmente românticas — histórias da literatura inglesa.