Armand Duval, um jovem aristocrata de Paris no século XIX, apaixona-se por Marguerite Gautier, uma badalada cortesã da época. Mas a intolerância daquela sociedade separa o casal e a narrativa caminha para um desfecho trágico. Publicado em 1848, A dama das Camélias — ao lado de Romeu e Julieta, de Shakespeare — é, provavelmente, uma das mais sensíveis histórias de amor da literatura. A obra que consagrou Alexandre Dumas Filho como grande escritor apresenta traços do Romantismo, ao abordar a temática da elevação da alma pelo amor, e também do Realismo, ao descrever os costumes de uma época. O leitor atua na trama como um cúmplice que torce pelos personagens, indigna-se com a intolerância e o preconceito, transformados em um abismo que separa os dois amantes, e emociona-se com o trágico desfecho. Uma grande receita para tornar uma obra um clássico inesquecível. A história de Marguerite Gautier e Armand Duval saltou do livro para os palcos, levada ao teatro pelo próprio autor com muito sucesso e foi também aclamada no cinema, com Greta Garbo no papel de Marguerite.