Formação sem forma — caminhos para o fim deste mundo é um experimento literário concebido e co-escrito por duas teóricas da performance em estética crítica e pensamento político radical.
A obra é, antes de tudo, uma revolta insurgente que caminha lado a lado com forças anticoloniais plurais e planetárias (em uma clara referência ao Exército Zapatista de Libertação Nacional), organizando a luta contra o capital extrativista saqueador, a permanente dívida financeira, a catástrofe ambiental e o policiamento militarizado de pessoas e fronteiras.
Ruiz e Vourloumis propõem um diálogo direto com movimentos indígenas, pretos, ecológicos, feministas, queer, diaspóricos e com as lutas contra as formações predatórias capitalistas naturalizadas pela ação espaço-temporal.
Por meio de ressonâncias compartilhadas entre diferentes mundos estéticos e solidariedades que contornam o estado-nação, as autoras trazem à tona práticas e métodos estéticos-performativos que abordam a organização político social atual e vindoura.