É inútil tentar separar realidade e fan-tasia em Uma vida inventada. Em seu segundo livro, Maitê Proença mistura literatura e vida, verdade e imaginação, brincando com o leitor de esconder e revelar. Mais importante do que a realidade é o jogo narrativo em que ela nos envolve. «Eu mesma, no íntimo, sou bastante comum», revela a autora para, logo em seguida, nos arrebatar com histórias incríveis, valendo-se de uma linguagem extremamente pessoal, às vezes lírica, às vezes dramática. Com muito senso de humor e ironia, ela des?a casos surpreendentes, entremeados com a história de uma menina que quis desbravar o mundo e, descobrindo-o, descobriu a si mesma.