Ninguém como o economista e jornalista Frédéric Bastiat (1801–1850) transmitiu com brilho, simplicidade e extraordinário senso prático a importância moral e material da liberdade. Seus textos sempre curtos, mas repletos de um bom humor irônico, convidavam os adversários ao debate, ridicularizando praticamente todos os chavões intervencionistas. A lógica e o poder de síntese do pensador francês eram impressionantes. Viveu somente 49 anos, mas sua genialidade é eterna. Seus escritos abarcam sete volumes, sendo que A Lei, sem dúvida, é sua magnum opus.
A Lei é um pequeno gigantesco livro que sintetiza de que forma o Estado faz uso da lei para subvertê-la. O presente ensaio é guiado pelo princípio de que a lei deve proteger a vida do indivíduo, bem como a liberdade e a propriedade privada. Todavia, a legislação, desafortunadamente, pode ser pervertida e posta a serviço de interesses particulares, tornando-se, então, instrumento de exploração do indivíduo por parte dos que detêm o monopólio legal. Trata-se de leitura a que nenhuma pessoa interessada em ciências sociais, especialmente em Direito ou em Economia, não deve se furtar.