A obra aborda as políticas voltadas para a Educação Física e para os esportes, com maior atenção ao futebol, no governo do presidente Emílio Garrastazu Médici, destacando a preparação militar da comissão técnica da Copa do Mundo de 1970. A cientifização empreendida pelo governo do presidente Médici alcançou também a Educação Física e os esportes. A «ciência moderna» foi decantada em todos os discursos referentes à área e à prática esportiva. Dessa forma, busca-se apontar como se deu a entrada da ciência no futebol brasileiro e como a conquista da Copa do Mundo de 1970 foi usada na tentativa de cristalização da imagem do Brasil como país detentor do futebol.
Igualmente o livro aborda como se deu a tentativa de construir o país do futebol tanto por parte do governo Médici como de pessoas ligadas a ele, como foi o caso de João Havelange, presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que fez de tudo para conseguir colocar seus interesses à frente de tudo e de todos. A «invenção» do país do futebol partiu em grande parte da ação desse personagem em conluio com diversas pessoas envolvidas com a caserna e também empresários de multinacionais interessadas no jogo da bola. Além disso, a criação do mito Pelé, o rei do futebol, também analisado, vai ao encontro de tudo que se coaduna com a pátria de chuteiras.
Ao mesmo tempo, e por fim, a análise focaliza a construção do Estádio Universitário Pedro Pedrossian, mais conhecido como Morenão, na cidade de Campo Grande — MS, um dos estádios que foram usados como sede da Copa do Sesquicentenário, acontecimento também analisado na obra.