Doutrina das cores

cores são vistas na sua dimensão fisiológica, nos efeitos que produzem internamente na retina do observador.

interação entre as cores só se efetiva através do uso da nossa imaginação.

“nenhum sistema por si só é capaz de desenvolver a sensibilidade para a cor.”

Tanto Albers como Itten salientam na introdução de seus textos que o estudo da cor é apenas um instrumento, que por si só e não faz de um estudante um artista. Itten chega a dizer que “Doutrinas e teorias são mais indicados para situações de fraqueza. Em situações de força os problemas são resolvidos intuitivamente”.1 Ele afirma que devemos utilizar seu estudo como uma carruagem, um meio de transporte para desenvolver o trabalho de cada um.

Aliás, é muito interessante refletir como as aquarelas feitas pelo autor antecipam em cerca de cem anos as primeiras pinturas abstratas.

há, efetivamente, um único ponto de partida para o estudo da cor.

“O touro fica furioso ao ver o pano vermelho, mas o filósofo fica irado tão logo se fale da cor”

Goethe esboça no seu texto claramente uma visão aristotélica, ao defender a cor como luz sombreada, o resultado do encontro da luz com as trevas.

pois estava convencido que todos os órgãos sensoriais são análogos aos fenômenos que percebem.

cita as palavras de Plotino, filósofo neoplatônico do século III :

Se o olho não tivesse sol,

Como veríamos a luz?

Sem de a força Deus vivendo em nós,

Como o divino nos seduz?