A obra do filósofo, crítico e ensaísta francês Jean-Christophe Bailly, um dos mais importantes intelectuais da atualidade, se distingue especialmente pela capacidade de abrir perspectivas e de articular conexões interrogando os modos de existência sensível das coisas inanimadas e dos viventes, as experiências de partilha e de separação da vida em comum, e dando especial atenção à leitura dos signos que se depositam e se propagam no espaço e no tempo.
Em A frase urbana — ensaios sobre a cidade, Bailly propõe leituras originais de grandes cidades a vilarejos, explorando, através de associações com a “massa de signos” que se apresentam nesses espaços, suas memórias, personagens, artes e objetos.
Nessa análise que se constrói caminhando, o autor nos convida a atravessar ruelas e boulevards de Paris, a olhar os tijolos tipográficos do Central Park, em Nova York, a viajar pela história dos azulejos de Lisboa, a se deslumbrar com a composição urbana infinita de Tóquio, a conhecer as casas comunais dos vilarejos da floresta equatorial.