Entre o final dos anos 1960 e meados dos anos 1970, configurou-se uma paisagem cultural em que se conjugavam novos comportamentos referidos a uma nova sensibilidade — manifestada em modalidades alternativas da vida que pretendiam estar em oposição às determinações da racionalidade da modernização conservadora e da cultura institucionalizada — a experimentações artísticas que exploravam ou especificavam as diversas possibilidades abertas pela atividade tropicalista. Longe de um suposto «vazio cultural, como uma certa crítica identificou, aquela situação, a contracultura, em suas variadas expressões, definiu atitudes, comportamentos, gestos exemplares, experimentações de grande vitalidade, inclusive, em alguns casos, como resistência às limitações da cultura oficial e da repressão à ditadura.