No segundo volume de seus diários completos, que cobre o período de 1919 a 1923, Virginia Woolf e Leonard Woolf se consolidam como editores. Os dois passam a publicar consistentemente traduções do russo, como Tolstói. Virginia começa a aprender russo. Ela escreve e publica “O quarto de Jacob” e começa a se tornar conhecida em certos círculos como uma das maiores promessas literárias de seu tempo.
A amizade de Virginia Woolf e Katherine Mansfield começa a sofrer um forte desgaste, Virginia não consegue disfarçar sua ambivalência entre o carinho e o despeito que sente pela amiga — afinal, Mansfield era incensada na imprensa. Virginia começa a escrever “O leitor comum” e “Mrs. Dalloway”. Finalmente, em suas palavras, encontra sua voz literária e o caminho a seguir em sua literatura.
Lê Joyce e Proust. Tudo isso certamente a influenciará. Estreita os laços com T. S. Eliot, de quem publica pela Hogarth Press “Terra desolada”. O processo de impressão desse longo poema que foi um divisor de águas na poesia modernista influencia enormemente a escrita de Mrs. Dalloway.
Do ponto de vista formal, o diário começa a se mostrar cada vez mais como um terreno de experimentações. Há mais diálogos transcritos, mais retratos feitos propositadamente das pessoas, mais experimentos com sinais gráficos nas narrativas que ela faz dos seus dias ou de seus pensamentos. E Virginia Woolf conhece e começa a se relacionar com aquela que seria um de seus grandes amores, a poeta e romancista Vita Sackville-West