O retrato das preferências dos brasileiros com relação à desigualdade e à distribuição, mesmo naqueles aspectos em que não surpreende, é revelador das transformações pelas quais passou o país ultimamente. Por suas decisões eleitorais dos últimos anos, sabíamos que os brasileiros,
em sua maioria, reconhecem que as gigantescas desigualdades sociais representam um obstáculo grave à vigência de uma democracia plena. Sabíamos
também que a maior parte de nossos compatriotas apoia que o governo adote medidas redistributivas ou ao menos distributivas em favor dos mais pobres.
Este livro vai além. Ele nos dá a medida exata sobre até que ponto e em que condições querem mais igualdade. O estudo nos mostra ainda qual é o perfil dos brasileiros que são mais solidários e qual é o perfil daqueles que apostam no individualismo sem freios e num mercado livre de regulações.