Sequestrado, torturado e morto. Em 1955, esse foi o “destino” de um garoto de 14 anos de Chicago, chamado Emmett Till. Seu linchamento até hoje é considerado um dos crimes mais extremos dos Estados Unidos.
No best-seller do New York Times O SANGUE DE EMMETT TILL, Timothy B. Tyson, historiador da Universidade Duke, coloca o crime em seu contexto cultural e histórico mais amplo, recontando a história deste terrível assassinato e suas consequências ainda ressonantes.
Em agosto de 1955, o garoto supostamente flertou e agarrou pela cintura Carolyn Bryant, uma mulher branca que trabalhava como caixa em um mercado local. Carolyn comunicou seu marido Roy Bryant e J. W. Milam, meio-irmão de seu marido, que mais tarde sequestraram, espancaram e mataram o garoto. O corpo mutilado do jovem foi encontrado num rio três dias depois.
O linchamento de Emmett Till, em 1955, ainda hoje é considerado o crime de ódio mais notório da história norte-americana. Milhares de pessoas acompanharam seu funeral, e fotografias de seu rosto desfigurado percorreram o mundo, geraram protestos e ajudaram a galvanizar o movimento pelos direitos civis.