As relações entre a operação Lava Jato e organismos governamentais norte-americanos, em especial o Departamento de Justiça, suscitaram polêmicas, denúncias e debates em diversos círculos. No entanto, é pouco debatido como o chamado «combate à corrupção», na última década, foi instrumentalizado pela ofensiva, liderada pelos EUA, jurídica, política, econômica e ideológicamente contra governos não alinhados aos ditames de Washington.
Neste livro, que conta com prefácio de José Paulo Neto, orelha de Juliane Furno, contracapa de Elias Jabbour e apresentação de Marcelo Braz, Luís Eduardo Fernandes apresenta, a partir da análise crítica de extensa documentação inédita no Brasil, a relação da Lava Jato com o Imperialismo contemporâneo: vínculos não somente com órgãos governamentais estrangeiros, mas uma extensa rede de ONG´s, Think Tanks, organizações empresariais e jurisdições extraterritoriais que influenciaram a formação de uma autonomia relativa dessa operação que culminou na destruição de cadeias produtivas nacionais, no golpe de 2016 contra Dilma Rouseff e na projeção de uma nova direita com peso de massas no Brasil.