O capitalismo como religião apresenta um recorrido por ensaios do filósofo Walter Benjamin, organizado e introduzido pelo sociólogo Michael Löwy. O livro traz textos surpreendentes, em particular os ditos de juventude, que vêm à tona com a liberação da obra benjaminiana para o domínio público. Löwy reuniu escritos de Benjamin inéditos em português ou difíceis de consultar, que contêm, em graus variados, uma crítica radical da civilização capitalista-industrial moderna.
Segundo o organizador, Benjamin ocupa uma posição singular na história do pensamento crítico moderno. É o primeiro seguidor do materialismo histórico a romper radicalmente com a ideologia do progresso linear: «Por sua crítica radical da civilização burguesa moderna, por sua desconstrução da ideologia do progresso — a Grande Narrativa dos tempos modernos, comum tanto aos liberais quanto aos socialistas -, os escritos de Benjamin parecem um bloco errático à margem das principais correntes da cultura moderna».