No período compreendido entre 1919 e 1923, a Marinha do Brasil instituiu mais de 800 Colônias de pescadores por todo o litoral brasileiro. De acordo com o divulgado na época por quem comandou a missão de criar essas colônias, Almirante Frederico Villar, o governo preocupava-se com esses trabalhadores, que eram, na sua grande maioria, analfabetos e trabalhavam em condições de muita precariedade.
Com um plano de normatizar e também de nacionalizar a pesca, as Colônias foram instituídas. Aqueles que não aceitaram se nacionalizar foram proibidos de exercer legalmente a pesca. Aos que se enquadraram no novo modelo de trabalho, foi prometido, entre outras coisas, escola para os trabalhadores e suas famílias, assistência médica e odontológica, além de melhoria das condições de trabalho e doação de insumos pesqueiros para melhorarem suas condições de vida.
A construção deste trabalho demandou dois anos de pesquisa, então tendo como tema «Pescadores artesanais na praia de Copacabana — Histórias e Memórias / Tradições e Temporalidades». Agora em forma de livro, convida a uma leitura sobre a construção de uma comunidade tradicional. Portanto, o que aqui se apresenta é o entendimento e a importância da oficialização da pesca para os trabalhadores, sua evolução ao longo dos anos e como o Estado suporta, hoje, os sujeitos que fazem parte dessa atividade. Especificamente, aqueles alocados no Posto Seis em Copacabana, que são parte integrante da Colônia Z-13.