Em 2009, foi publicado o livro As pedras de Roma, um romance histórico ambientado no século XVI da era cristã, que narra à vida de Giovanni de Médici, mais conhecido como papa Leão X. Revelando os pensamentos ocultos do Soberano Pontífice. O romance entremeia relatos confidenciais de um humanista agnóstico que se expõe como homem, no posto eventual de papa. É o homem atrás da cortina do inquestionável poder religioso. É um relato transparente de como se fala, se comenta e se vive o papado na Renascença.
As pedras de Roma sobre as quais, segundo promessa evangélica, se fundaria um novo império, escurecidas sob o peso dos séculos, acompanharam o esplendor da arte e das letras. Os pensamentos cotidianos e as confidências de um papa agnóstico, retratam momentos e memórias, na forma de quadros e pinturas dependurados nas paredes do tempo. Como numa pintura, a ficção imita e recria a realidade, empresta-lhe vida nova. Quadros, memórias, imagens permanecem além da vida curta do homem passageiro.
O romance se baseia em fragmentos da vida do primeiro Papa florentino, irrequieto, indeciso, mecenas da arte e da literatura. Mostrando que a linguagem assim como os fatos, revelam que o passado ainda se faz presente.