A mesma pessoa para a qual eu tinha escrito o livro intitulado As penas e a remissão dos pecados, onde tratei com cuidado do batismo das criancinhas, me escreveu novamente dizendo que tinha ficado emocionado com o que eu havia dito: que podia acontecer de uma pessoa ser sem pecado, se sua vontade, ajudada pelo socorro de Deus, não falhasse, mesmo que ninguém tenha sido, fosse ou pudesse ser dotado de uma perfeição assim nesta vida. Ele me perguntou como eu podia apontar como possível algo do qual não havia um exemplo. Em resposta a esta pergunta eu lhe dediquei um livro cujo título é: O espírito e a letra, que é um desenvolvimento desta máxima do Apóstolo: A letra mata, mas o espírito vivifica. Neste livro, na medida em que Deus quis me ajudar, eu ardentemente combati os inimigos da graça divina, através da qual o ímpio é justificado.