Uma mãe adota uma criança de três meses de idade e, mesmo com pouco dinheiro, faz de tudo para criá-la da melhor forma. Anos depois, sofre com a doença de Alzheimer (que ela chama de “Zaime”) e é a vez da filha, escritora já adulta, retribuir a dedicação. Ao longo dos capítulos, os diálogos intercalam situações diárias do presente e do passado das duas. As falas de cada uma são apresentadas como se fossem marcações de uma peça de teatro. Alguns pensamentos da filha, que é quem nos conta a história, aparecem entrecortando os diálogos. É dessa forma que transparecem os paralelos entre as cenas relatadas. Muitas vezes, com inversão dos papéis. Assim, acompanhamos alguns pormenores e desafios da convivência entre as duas. Aos poucos, vamos colhendo dicas de como é a ligação entre elas e como essa relação se transforma. Um elo mais forte do que muitos entre pessoas do mesmo sangue. Essa é uma história de amor em profundidade e (dupla) generosidade em carne viva. O texto é baseado na experiência vivida pela autora Sônia Barros, e permite a identificação com várias famílias que passam por situações semelhantes.