Até que um dia, um modo de proceder dela derrubou o muro e ameaçou a distância entre eles. O que ela fez, sem saber que fazia, provocou em Venâncio uma emoção aguda, os olhos dele se encheram de uma água triste, turva como a água que passa num cano por onde nada passava há muito tempo e que expulsa com ela uma sujeira velha, um abandono antigo e demorado. Aquele homem maltratado era dono de uma beleza que a desgraça escondeu com sua camada grossa de hostilidade. Naquele momento em que o opaco ganhou transparência, deixou ver o que tinha sido.
Gostei da metáfora. Mas o q será sido isso?